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domingo, 20 de março de 2011

OSGOOD-SCHLATTER

INTRODUÇÃO
Os ossos do corpo humano possuem um alto grau de rigidez e por esta razão é resistente a pressão, devido a isso sua função básica é proteção e sustentação, também tem uma grande participação em alavancas, na coordenação e na força de movimento devido à contração dos músculos. Estes são divididos em epífise, metáfise e diáfise, neles existem variados tipos de células entre eles osteocitos que são as lacunas e canalículos, cuja função é circulatória e nutricional; os osteoblastos sintetizam a parte orgânica da matriz óssea e participa da mineralização da matriz. A matriz óssea é composta por uma parte orgânica e inorgânica composta por íons de fosfato e cálcio.

A nutrição óssea dá-se basicamente pelos canais de Volkmann e canais de Havers 
Osgood-Schlatter (OS) constitui uma doença osteo-muscular (e extra – articular), comum em adolescentes. Caracterizada por uma patologia inflamatória que ocorre na cartilagem e no osso da tíbia, devido ao esforço excessivo sobre o tendão patelar.

Tendo predomínio, no sexo masculino da faixa etária dos 10 aos 15 anos, praticantes de esportes especialmente os que incluem: chutes, saltos e corridas.

ETIOLOGIA
A etiologia é controvertida, pois antigamente acreditava-se que esta patologia fosse devido à necrose avascular, porém atualmente aceitam-se a teoria de overuse do quadríceps e micro traumas na tuberosidade tibial.

FISIOPATOLOGIA

Esta patologia ocorre quando existe um stress na epífise de crescimento próximo a área da tuberosidade tibial.

O crescimento do osso dar-se pelas epífises, que são constituídas por cartilagens. O crescimento ósseo ocorre mais rapidamente do que o crescimento muscular, resultando assim uma tensão do tendão do músculo através da inserção e da perda da flexibilidade.

Durante o período de crescimento rápido, o stress da contração do quadríceps é transmitido através do tendão patelar em uma parcela pequena a tuberosidade tibial. Isso pode resultar em uma fratura parcial ou avulsão do centro de ossificação.

 
TIPOS
Síndrome de Sinding-Larsen-Johannson é uma variante de OS, na qual acomete a parte inferior da patelar onde é inserido o tendão patelar. Acomete principalmente o sexo feminino entre 12 e 15 anos, que praticam atividades físicas extenuantes.


CONSEQÜÊNCIA
Alteração da superfície articular levando a uma pré-disposição para uma osteoartrite. Podendo levar a uma incapacidade funcional.


COMPLICAÇÕES
Fratura de osso subcondral na epífise, subluxação da articulação, deformidade da epífise resultando em incongruência articular e doença degenerativa tardia, superiorização da patela, avulsão total do tendão patelar, não consolidação dos fragmentos, condromalácia, geno-recurvatum.


QUADRO CLINICO
Paciente relata algia insidiosa no joelho localizada no tubérculo tibial (mais ou menos dois ou três polegares abaixo da patela). Piorando com a realização da atividade e aliviando com o repouso. Tendo uma maior incidência unilateral, pode apresenta tumefação na aérea do tubérculo tibial.


INSPESÃO


Fazendo a inspeção palpatória deve-se verificar o joelho flexionado em perfil. Ao palpar o tubérculo o paciente relatara dor. Para observar a sintomatologia pede-se o paciente deve realizar uma flexão e em seguida uma extensão com exercício ativo resistido.


Pode ser observado um edema macio visível ao redor da tuberosidade tibial.


Sinais Radiológicos
Quando os sinais radiológicos do joelho em perfil apresentar laudo de normalidade ou apenas uma tumefação das partes moles, sendo indicativo de fase inicial da patologia. E quando observarmos uma irregularidade da fragmentação da apófise indica que a mesma esta na fase moderada. E quando a doença esta na fase avançada verificamos que há um ossículo intra-tendinoso.


DIAGNOSTICO DIFERENCIAL
Deve-se diferenciar de infecções, tumores, fraturas, cistos, síndrome femulo-patelar, bursite de pata de ganso, condromalácia patelar, osteomielite proximal da tíbia, e tendinite patelar.


TRATAMENTO FISIOTERAPEUTICO
Vale ressaltar que no tratamento é importante reconhecer que esta alteração tem curso alto limitado e regride com a fusão da tuberosidade da tíbia, que ocorre entre 15 e 18 anos no sexo masculino e entre 12 e 15 anos no sexo feminino.


Na fase aguda, crioterapia e restrição do movimento.


Se o paciente suportar a dor, realizar alongamento do quadríceps e toda a parte posterior do segmento inferior afetado, mobilização articular; com a evolução do tratamento fortalece toda musculatura envolvida para evitar recidivas. Laser AsGa.


O tratamento cirúrgico somente é indicado quando o paciente continua apresentando quadro álgico após todos os tratamentos convencionais.


PROGNÓSTICOO prognostico é excelente, sendo que os sintomas irão desaparecer em um ano, e o desconforto pode persistir por dois a três anos até o fechamento da placa epifisária tibial.






 

Um comentário:

  1. Gostava muito de estudar essa patologia na faculdade, ja tive até um paciente. Muito legal sua postagem. Bjim tia.

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